Agostinho, natural de Tagaste na Numidia (atual Argélia), nascido em 354 d.C., sendo filho de um pai pagão e uma mãe cristã devota, morreu no ano de 430 d.C. aos 76 anos.
Ainda muito jovem manifestou um extraordinário desejo em
busca do conhecimento, aos dezenove anos, logo após ler Cícero, consagrou sua
vida em buscar a verdade.
Depois de rejeitar o cristianismo e adotar a filosofia
dualista do maniqueísmo, mudou para o ceticismo e depois passou um período no
neoplatismo, até que em 386 d.C. veio a se converter ao Cristianismo.
Passados dez anos de sua conversão, tornou-se bispo, cargo
que ocupou até sua morte. Grande foi sua obra onde se destacam as Confissões e
A Cidade de Deus.
Tendo defendido o cristianismo contra todo tipo de ceticismo,
suas reflexões foram fundamentais em diversas áreas, além de ter influenciado
em áreas importantes da igreja, como a doutrina da igreja, doutrina da Trindade
e doutrina da Graça na Salvação.
Tendo noção das limitações do conhecimento sensorial e das
propensões de nos iludirmos, criou o exemplo do remo, da perspectiva do olho,
onde visto na água está quebrado, quando na verdade continua reto.
Para Agostinho uma pessoa que não existe não pode errar, ou
seja, se alguém erra, não pode fazer isso sem primeiro existir, daí vem sua
frase “erro, logo existo”.
Para ele a Revelação de Deus é necessária para todo o
conhecimento, não apenas Bíblico, mas o conhecimento de uma forma geral. Todo
tipo de verdade depende da revelação de Deus, Agostinho incentivava seus alunos
a buscar aprender o máximo que pudessem, sobre o maior número de temas
possíveis. Pois para ele, “toda a verdade é verdade de Deus, e quando alguém
encontra a verdade, encontra Deus, de quem ela é”.
Agostinho acreditava que existe uma relação entre
conhecimento de Deus e de si mesmo, ou seja, quando temos uma autoconsciência
também temos ciência de Deus, e percebemos o quão limitado somos. Também
acreditava que a fé era essencial para o conhecimento, abrangendo a tudo, “creio
a fim de entender”. A fé para ele não era cega ou arbitrária, mas a fé correta
é razoável.
No que diz respeito à criação, Agostinho cria que Deus era
criador de tudo, contrapondo a filosofia grega. Deus um ser infinito e
poderoso, já existia antes de todo o universo, pois, por isso, nada veio do
nada, tudo veio de Deus que já existia antes de tudo.
Com relação ao mal e sua origem, Agostinho acreditava que o
mal era a ausência do bem ou a privação do bem, assim sem o bem não poderia
existir o mal, como a meu ver, podemos comparar com o exemplo da luz e trevas, as
trevas são a ausência da luz e não o contrário.
Com o mal veio à
corrupção humana, que uma vez pecando, perdeu a liberdade de buscar o bem de
forma independente, precisando de uma graça divina sobre si, para poder
caminhar em direção a Deus.
Portanto, podemos concluir o quão importante foi a vida e
obra de Agostinho, pode-se observar como ele influenciou posteriormente outros
importantes ícones da história da igreja, como Lutero e Calvino, não atoa
Agostinho é conhecido como o doutor da Graça.
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